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10out

Discalculia: definição, causas e tratamentos

Podemos afirmar que aproximadamente dez milhões de pessoas no Brasil sofrem de discalculia, um transtorno vinculado à aprendizagem da matemática. Neste post vamos falar sobre as suas causas, sintomas e possíveis tratamentos.

O que é discalculia

A discalculia é um transtorno específico da aprendizagem de origem neurobiológica caracterizado por dificuldades na correta aquisição das habilidades matemáticas. A sua prevalecia é de cerca de 5% a 7% da população, muito parecida à da dislexia.

Porém, cabe mencionar que nem todas as crianças com dificuldades no aprendizado da matemática têm discalculia. Existem também outras causas que podem explicar tais dificuldades nesta matéria, como podem ser: um baixo nível intelectual, dificuldades de atenção, métodos educacionais inadequados ou uma exposição reduzida a experiências com números.

Causas de discalculia

A discalculia é causada por anomalias funcionais em algumas estruturas cerebrais encarregadas de representar e processar informações numéricas. Portanto, diz-se que esse transtorno de aprendizagem é de origem neurobiológica, ou seja, existe uma relação entre as dificuldades das crianças com discalculia na realização de tarefas matemáticas e as anomalias estruturais e funcionais observadas nos seus cérebros.

Especialistas afirmam que essas anomalias nas estruturas cerebrais são determinadas pela herança biológica de cada pessoa. Ou seja, a discalculia é um transtorno congênito com um importante componente genético.

Portanto, se pegarmos um grupo de pessoas com discalculia e avaliarmos se os seus progenitores também a sofrem, descobriremos que é muito provável que sim. Nesta mesma linha, a frequência de discalculia entre irmãos de crianças afetadas por esse transtorno de aprendizagem é dez vezes maior que a frequência na população geral.

Sintomas e sinais de discalculia

A discalculia pode se apresentar de uma maneira muito heterogênea, mas, geralmente, as crianças com discalculia apresentam dificuldades nos aspectos mais básicos do processamento numérico e de cálculo. Essas dificuldades no aprendizado da matemática variarão dependendo da idade de cada criança.

Educação Infantil

  • Dificuldade para aprender a contar. Por exemplo, não consegue lembrar os números na ordem correta ou quando lhe pedem quatro unidades só é capaz de pegar um punhado, no lugar de contar.
  • Dificuldade para entender termos relacionados com a matemática, como “maior” e “menor”.
  • Não entende a relação entre número e quantidade. Por exemplo, não compreende que “4” se associa a grupos de 4 biscoitos, 4 carros ou 4 amigos.

Ensino Fundamental

  • Dificuldade na diferenciação dos sinais + e -, assim como outros sinais aritméticos, e o seu correto uso.
  • Dificuldade no aprendizado de dados numéricos, como, por exemplo: 2 + 8, 4 x 7.
  • Uso continuado dos dedos para contar, no lugar de usar estratégias mais avançadas, como o cálculo mental.
  • Dificuldade em entender as palavras relacionadas com a matemática, tais como “maior” e “menor”.
  • Problemas com representações visuais espaciais dos números, tais como retas numéricas.
  • Dificuldade no entendimento do valor posicional dos números (unidades, dezenas, centenas).
  • Problemas para escrever números ou colocá-los na coluna correta em cálculos por escrito.

Ensino Médio

  • Problemas para conseguir relacionar conceitos matemáticos com o dinheiro, incluindo a estimativa do custo total ou o troco exato.
  • Dificuldade para entender a informação contida em gráficos ou tabelas.
  • Dificuldade para aprender e entender métodos de raciocínio e procedimentos de cálculo com várias etapas.
  • Problemas para encontrar diferentes abordagens para o mesmo problema matemático (falta de flexibilidade mental).
  • Dificuldade para calcular os ingredientes de uma receita simples ou os líquidos de uma garrafa.

Diagnóstico

A idade idônea para a detecção da discalculia está compreendida entre os 6 e os 8 anos de idade, visto que um diagnóstico precoce vai permitir iniciar programas de intervenção para o seu tratamento, conseguindo assim diminuir tais dificuldades.

Por isso,  Smartick, o método on-line para o aprendizado da matemática dentro do ensino fundamental, desenvolveu, em pareceria com especialistas da Universidade de Málaga e da Universidade de Valladolid, um teste para identificar de maneira simples e rápida o risco de discalculia.

O teste de discalculia Smartick é uma ferramenta padronizada, on-line e gratuita para crianças do primeiro ao quarto ano do ensino fundamental. Este teste tem como objetivo identificar de uma forma simples e rápida as crianças com dificuldades na aprendizagem da matemática, portanto, em risco de discalculia, e informar sobre os pontos fortes e fracos em cada uma das áreas avaliadas.

De acordo com os resultados do teste, se a criança resultar em risco, será necessário entrar em contato com o gabinete psicopedagógico escolar com conhecimentos na área da discalculia para que possa receber um diagnóstico preciso, ou encaminhar o aluno ao orientador escolar para realizar uma avaliação completa. A avaliação deve incluir testes psicológicos de inteligência, atenção e leitura, juntamente com testes específicos de matemática.

Tratamento e medidas compensatórias

Após o diagnóstico deverá ser realizada uma intervenção específica e integral que inclua um trabalho focado com um especialista em transtornos da aprendizagem, assim como também o envolvimento da família e adaptações curriculares na escola.

As crianças discalcúlicas precisam de um treinamento adaptado, diário, baseado na compreensão de conceitos e procedimentos, e com o apoio de materiais manipuláveis que facilitem a compreensão numérica.

As atividades do plano de estudos personalizado que propomos no Método Smartick podem ser uma ajuda importante para os alunos que apresentam tais dificuldades.

Materiais manipuláveis, uma ferramenta essencial

Os materiais manipuláveis apoiam os alunos no processo de aprendizagem, estimulando a interiorização dos conceitos matemáticos através da transição desde a experiência concreta até o raciocínio abstrato.

Estudos científicos demonstram que o uso de materiais manipuláveis é especialmente indicado para crianças com dificuldades de aprendizagem (Ruzic e O’Connell, 2001). A ênfase deve estar sempre na compreensão profunda dos conceitos, nunca no uso dos materiais para encontrar respostas mecânicas. Vamos ver alguns exemplos retirados das sessões diárias do Smartick. 

  • Os blocos de base 10 são uma ferramenta eficaz para apoiar a compreensão dos procedimentos de cálculo como a subtração com “empresta um”. Se pode representar visualmente os números usados no cálculo e aplicar os procedimentos manipulando os objetos, favorecendo uma compreensão mais profunda no lugar de uma mera memorização de procedimentos.

 

Discalculia: materiais manipuláveis

  • Os manipuladores matemáticos também podem ser usados na resolução de problemas. Cabe mencionar que a capacidade de representar visualmente o problema é um indicativo de compreensão e, sendo assim, de melhor desempenho em tarefas deste tipo.

Discalculia: materiais manipuláveis

  • Outro conceito difícil de assimilar para crianças com discalculia é a multiplicação. Neste caso, as réguas podem ajudar porque permitem representar visualmente os conceitos de adição repetida e de propriedade comutativa.

Conteúdo para multiplicar

Na escola

O tratamento deve ser acompanhado por medidas compensatórias na escola. Mais precisamente, os professores devem realizar adaptações específicas, tendo em conta que é necessário atender ao nível de matemática da criança. É importante que os professores saibam o que é a discalculia e que, como o tratamento pode não ter efeitos imediatos, possam proporcionar ferramentas e medidas compensatórias que venham a facilitar as atividades da criança, como, por exemplo:

  • Permitir o uso de tabuadas de multiplicação ou calculadora.
  • Facilitar o acesso a materiais visuais e manipuladores matemáticos.
  • Permitir contar com os dedos.
  • Ampliar o tempo na hora de ser avaliado.

Em casa

O que os pais podem fazer? Em primeiro lugar, não se sentir culpados pelo problema da criança. Posteriormente, devem apoiá-la e entender as suas dificuldades com a matemática, evitando prejudicar a sua auto-estima.

Além disso, podem complementar as capacidades da criança favorecendo um ambiente no qual, de uma maneira lúdica, existam referências ao numérico (calendários, jogos de cartas, resultados esportivos…).

 

Experimentar Smartick com as crianças também vai ser uma excelente ideia, trata-se de um método on-line de aprendizagem de matemática dentro do ensino fundamental que adapta cada um dos seus exercícios ao nível e à capacidade de cada criança.

Lembre-se que podem experimentar Smartick gratuitamente, sem nenhum compromisso.

Referências:

  • Ruzic, R., & O’connell, K. (2001). Manipulatives. Enhancement Literature Review.

Para continuar aprendendo:

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Diane Ackerman
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